Insetos polinizadores

Insetos polinizadores

A polinização é vital para as plantas

Insetos polinizadores

Polinização é um processo pelo qual as plantas se reproduzem. Basicamente, por meio de um agente polinizador, as células masculinas de uma flor (conjunto de “grãozinhos” que formam o pólen) são levadas para os receptores femininos das flores da mesma ou de diferentes plantas. Os agentes que realizam a polinização são: o vento, a água e, principalmente, os insetos.

Esses animais polinizadores se encaminham para as flores com intenção de se alimentarem do néctar (substância adocicada) e acabam por carregarem o pólen em seu corpo ou patinhas e transmitirem às estruturas reprodutivas femininas das outras flores.

A polinização é vital para as plantas, mas sem a polinização realizada por insetos cerca de 80 % dos alimentos cultivados não existiriam, resultando diretamente em escassez de alimentos para a
população humana. Portanto, é importante conhecermos os agentes polinizadores e conservá-los, assegurando, desta forma, não somente a proteção da biodiversidade, mas a produção dos  alimentos necessários para nossa sobrevivência.

Os maiores agentes polinizadores conhecidos são os insetos e, dentre eles, destacam-se os besouros, as borboletas e principalmente as abelhas.

Abelhas

Apesar de algumas abelhas trazerem consequências nocivas a pessoas alérgicas à sua picada, as abelhas nativas de nosso país não possuem ferrão. No Estado de São Paulo, existem cerca de 61
espécies, podendo ser encontrada uma grande variedade em São José dos Campos, como Boca-de-sapo, Borá, a Guaxupé, Iraí e a Jataí.

Ações voltadas à conservação de abelhas nativas têm sido realizadas em nosso Município e você também pode contribuir plantando em seu jardim ou vasos as espécies de plantas cujas flores são
atrativas e beneficiam esses animais, como lavanda, gerânio, malva e outras.

Borboletas

Além de serem alvo da contemplação humana, as borboletas também atuam como bioindicadores ambientais, pois cada espécie de borboleta se alimenta, enquanto lagarta, de apenas uma ou poucas espécies de plantas específicas, logo, o desaparecimento de determinadas plantas pode ser indicado pelas espécies de borboletas que encontramos.

Assim, essa estreita relação torna possível saber se o ambiente está em maior ou menor equilíbrio. Em ambientes perturbados, por exemplo, é difícil encontrar grande variedade de espécies de borboletas.

Em nosso Município, a existência do Borboletário Municipal Asas de Vidro permitiu a pesquisa e manejo de várias espécies, além de ações de Educação Ambiental. Percebeu-se que há enorme riqueza de borboletas em nossa região, sendo, somente no Parque da Cidade mais de 60 espécies encontradas. Você pode clicar nesse link para acessar uma lista com o nome das espécies de
borboletas conhecidas e das plantas necessárias para sua conservação.

Ciclo de vida das borboletas (para entender melhor suas relações com as plantas)

A borboleta fêmea fecundada deposita seus ovos em plantas específicas - chamadas de PLANTAS HOSPEDEIRAS - das quais as lagartas que eclodirem dos ovos se alimentarão até o momento em que mudarem de estágio. LAGARTA é o estágio de vida da borboleta sem a presença de asas e que se alimenta das folhas de plantas específicas.

O próximo estágio é chamado “PUPA”, apesar de a maioria das pessoas conhecer como casulo. Enquanto pupa, o inseto não se locomove nem se alimenta e passa pelo processo de metamorfose
quando suas estruturas serão modificadas e darão origem ao estágio adulto, chamado, então, de BORBOLETA.

Uma das mais nítidas alterações após a metamorfose é a presença das asas e a mudança do aparelho bucal, que se altera de um aparelho mastigador (na lagarta) para um aparelho sugador (na borboleta), possibilitando que a alimentação das borboletas seja feita a partir do néctar de flores, suco de frutas fermentadas, minerais encontrados no solo e outros que diferem da alimentação da lagarta, a qual se restringia somente às folhas de plantas.

Após a reprodução das borboletas (fase adulta), com intenção de liberar seus ovos as fêmeas procuram a mesma espécie específica de planta que serviu de alimento enquanto era lagarta. E assim
o ciclo se reinicia.

 

 

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