Paciente com gravidez de risco elogia atendimento pelo HM
Atualizado em 24/07/2025 - 11:26
Parto de gestante com gravidez de risco no HM
Gestante foi acompanhada pelo Ambulatório da Mulher e relata experiência positiva desde o pré-natal até o nascimento - Foto: Claudio Vieira/PMSJC

Lucas Brito
Saúde

Aos 31 anos, Karen Pracílio acaba de se tornar mãe pela segunda vez. No dia 15 de julho, a pequena Ágata nasceu no Hospital Municipal, mantido pela Prefeitura de São José dos Campos e gerenciado pela SPDM (Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina).

Diferente de outras mulheres, a primeira vez dela no hospital não foi no parto. Por se tratar de uma gravidez de risco, Karen foi atendida pelo Ambulatório da Mulher desde o início da gestação.

“Nós descobrimos a gravidez no final do ano passado, passei pelas primeiras consultas na UBS Resolve e logo fui encaminhada pra cá”, conta.

Antes desta experiência, Karen não conhecia as estruturas do Hospital Municipal, e admite: se surpreendeu positivamente. “Eu tive a minha primogênita, Pérola, em um hospital particular. Eu não sabia o que esperar daqui. Conversei com muitas mães que tiveram seus filhos aqui e todas falaram bem, isso me tranquilizou. Mas confesso que superou até as minhas melhores expectativas.”


Exames no Ambulatório da Mulher do HM verificam saúde da mãe e do bebê | Foto: PMSJC

Pré-natal

Durante a gestação, Karen recebeu todo o suporte do Ambulatório da Mulher do Hospital Municipal. Foram diversas consultas com médicos especialistas – obstetra e neurologista – e psicólogo, além dos exames necessários para monitorar a saúde da mãe e da bebê. Este amparo foi fundamental e aumentou a segurança da família ao longo dos meses.

“Consulta após consulta, nossa confiança crescia”, relembrou. “Sou extremamente grata aos profissionais, da recepção até os médicos. Existem momentos onde sentimos medos, incertezas, preocupações. Eu pensava que não ia conseguir, que não teria jeito… E eles me acalmaram e trouxeram as soluções. É um carinho que vai além da função e responsabilidade deles. Me transmitiram amor pelo que fazem. Quando estamos carregando uma vida, precisamos desse acolhimento.”


Karen recebe orientações durante consulta | Foto: PMSJC

O parto

Às 5h da manhã do dia 15 de julho, Karen foi internada no Hospital Municipal. Ela estava com o marido, Rubens Lopes, que acompanhou o nascimento da segunda filha. Devido ao risco da gravidez, o parto foi feito por cesariana, mas sem diminuir em nada a humanização do procedimento.

No parto humanizado, a gestante tem direito a ter um acompanhante em tempo integral, inclusive no pré-parto. Para Rubens, este tratamento faz a diferença. “É essencial poder estar junto da minha esposa, dando apoio neste momento. Eu não tive essa mesma oportunidade no nascimento da nossa primeira menina, então é importante para mim também.”


Rubens beija a barriga de Karen antes do parto | Foto: Claudio Vieira/PMSJC

O parto transcorreu sem nenhuma intercorrência. Às 8h43, Ágata Pracílio Lopes veio ao mundo, pesando 2,718 quilos e com 44 centímetros de altura.

Depois da chegada, ela não demorou para se aconchegar com a mamãe e o papai. O “contato pele a pele” consiste em colocar a recém-nascida em contato direto com a pele da mãe logo após o nascimento, favorecendo a adaptação da bebê, o apego e satisfação da mãe, o que também auxilia na amamentação.

“A sensação é única e indescritível”, disse Karen. “Quando ouvimos o chorinho dela, depois esse primeiro contato… É um alívio e uma emoção enorme. Fortalece nosso vínculo e o bem-estar pós-parto.”


Contato pele a pele: Ágata, recém-nascida, junto com a mãe e o pai | Foto: Claudio Vieira/PMSJC

Pós-parto

A partir da sala de parto, o Hospital Municipal pratica o alojamento conjunto, onde mãe e bebê permanecem juntos pelas primeiras 24 horas posteriores ao nascimento.

Até a alta hospitalar, as mamães podem receber visitas nos leitos, enquanto são assistidas pela equipe multidisciplinar.

“Está sendo muito gostoso apresentar a Ágata para as pessoas”, relata Karen. “A Pérola, que agora é irmã mais velha, trouxe um presentinho e já quer brincar com ela.”


A família cresceu: Pérola, prestes a completar 3 anos, ganhou uma irmãzinha | Foto: Claudio Vieira/PMSJC

Faz parte da humanização ainda a entrega da arte do parto, também conhecida como árvore da vida ou arte da placenta. Este cartaz registra as informações sobre o nascimento e simboliza o elo vital entre mãe e bebê.

O processo é feito pela enfermagem do centro obstétrico do Hospital Municipal. A equipe limpa a placenta e depois colore o material com tinta. Como um carimbo, ela é colocada em um papel e depois retirada para deixar o formato impresso.

O desenho que aparece é semelhante ao de uma árvore, com a copa e suas ramificações. O tronco é formado pelo “carimbo” do cordão umbilical, em formato de coração.

“Vamos guardar essa lembrança com bastante apego”, ressaltou Karen. “A placenta foi a casinha dela enquanto estava dentro de mim. Pensamos em colocar num quadro e mostrar para ela quando crescer, é lindo.”


Enfermeiras exibem a arte do parto feita para Ágata | Foto: Claudio Vieira/PMSJC

Ágata está bem, saudável, e já teve alta para casa na quinta-feira (17). Agora, mãe e pai de duas filhas, Karen e Rubens levarão para sempre as memórias destes dias com gratidão e ternura.

“No fim, só temos a agradecer ao Hospital Municipal e ao Ambulatório da Mulher por tudo que fizeram por nós”, frisou Rubens. “Saber que sua esposa, mãe das suas filhas, está em boas mãos não tem preço.”

Para Karen, tudo foi perfeito. “Foram prestativos e atenciosos comigo do começo ao fim. Parabéns à Prefeitura e aos envolvidos pelo trabalho maravilhoso desempenhado aqui.”


Rubens, Pérola, Karen e Ágata são exemplo de força e união | Foto: Claudio Vieira/PMSJC

Referência

Cerca de 500 bebês nascem no Hospital Municipal todos os meses. Referência em operações de alta complexidade, a maternidade oferece partos humanizados em quartos privativos com banheira, cama especial, musicoterapia, aromaterapia e cromoterapia.

O Ambulatório da Mulher atende mulheres em gravidez de risco por todo o pré-natal. No local também funciona o banco de leite, que fornece leite materno para mais de 100 bebês internados em UTIs da cidade, públicas e particulares. A média de produção é de 90 litros por mês.

Como Hospital Amigo da Criança e Hospital Amigo da Mulher, o HM oferece cursos para as gestantes do município, em que especialistas trazem palestras sobre temas ligados à gravidez. Também desenvolve o Projeto Acolher, que promove visitas guiadas com as futuras mamães que desejam conhecer o local onde terão os bebês. Para mais informações e inscrições, basta ligar no telefone 3901-3507.

O hospital possui 14 leitos de pré-parto, 5 leitos PPP (pré-parto, parto e pós-parto imediato), 24 leitos de clínica obstétrica e 36 leitos de alojamento conjunto.

O quadro de profissionais conta com médicos e enfermeiras obstetras, nutricionistas, fonoaudiólogas, psicólogas, fisioterapeutas, dentre outros especialistas capacitados para prestar assistência completa e humanizada às pacientes.


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