Público vivencia saberes da cultura popular no Museu Vivo
Atualizado em 27/02/2023 - 18:05
MUSEU VIVO DIA 26 - PERSONAGENS
A professora Cíntia Moreira acompanha montagem do bonecão de Carnaval feito pelo artesão Benê no Museu Vivo - Foto: Divulgação

Avelino Israel
Fundação Cultural Cassiano Ricardo

Quem foi ao Museu Vivo no último domingo (26), no Museu do Folclore de São José dos Campos, pôde vivenciar, integralmente, os saberes e fazeres dos três fazedores convidados: o paulistano Sérgio Sena, 55 anos, o joseense Benedito Domingos dos Santos (Benê), 63 anos, e a paranaense Solange Cristina Moreira, 56 anos.

Durante todo o período da tarde, eles proporcionaram uma proveitosa experiência musical, a montagem de um bonecão de Carnaval e uma gostosa receita de bolo de laranja. A interatividade com o público foi total, com os presentes correspondendo a cada momento da atividade.

O Museu Vivo já tem novas edições programadas para março, nos dias 5, 12 e 26 (domingos), sempre das 14h às 17h, na área externa do museu. Novos fazedores serão convidados para as áreas de artesanato, culinária e música.  

Ótima iniciativa

Aos 63 anos, o violeiro Claudio Pires dos Santos, joseense de nascimento e morador no bairro de Santana, não poupa elogios ao Museu do Folclore e ao Museu Vivo, que ele acompanha praticamente todos os domingos.

“Eu conheço a história do museu e o trabalho da Dona Angela Savastano (folclorista) desde o início. Acho o Museu Vivo uma ótima iniciativa, pois povo sem cultura e sem história não vai a lugar nenhum. Sempre que posso trago meus netos também”, disse enfático.

Claudio é integrante da Folia de Reis Estrela de Belém do Jardim Telespark, na região norte, onde toca caixa. “Fiquei impressionado com o senhor (o Sena) que tocou flauta em um pedaço de cano furado”.

Janete conversa com artesão Benê durante a atividade. Foto: Divulgação

Primeira vez

Janete Paula Barros Gadioli, 46 anos, e o marido, Leonardo Derlei Sandim Gadioli, 48 anos, já conhecem o Museu do Folclore, mas ontem foram ao Museu Vivo pela primeira vez e por um bom motivo. Queriam acompanhar o trabalho do Benê e conversar com ele.

Benê é filho de Maria Benedita dos Santos (Lili Figureira), que dá nome à sala de aula na Escola Elo, onde Janete é professora.

“Lá todas as salas têm nomes de artistas populares e ela tem que fazer um trabalho com os alunos sobre a Dona Lili”, afirmou Leonardo.

Cultura viva

“Eu já tinha acompanhado o Museu Vivo outras duas vezes, mas ontem estava muito bom. É, verdadeiramente, uma cultura viva e muito importante para todo o Vale do Paraíba”, disse a professora de Artes e contadora de histórias, a joseense Cíntia Moreira, 48 anos.

Cíntia não só aprendeu como ajudou Benê a construir o bonecão de Carnaval. “Foi um momento único, pois ao mesmo tempo que ele mostrava como fazer, contava histórias sobre a sua vida e o seu trabalho”, afirmou Cíntia. Ela é professora da rede estadual e já participou de outras atividades do museu.

Gestão

O Museu do Folclore de São José dos Campos é um espaço da Fundação Cultural Cassiano Ricardo, que funciona no Parque da Cidade desde 1997. Sua gestão é feita pelo CECP (Centro de Estudos da Cultura Popular), organização da sociedade civil sem fins lucrativos.

 

Museu do Folclore de SJC

Avenida Olivo Gomes, 100, em Santana (Parque da Cidade), na região norte

 (12) 3924-7318 ou (12) 3924-7354

www.museudofolclore.org

 


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