Projeto irá prevenir e tratar paradas cardíacas em São José
27/05/2022 18:29
Projeto DEA com a GCMs e Agentes de Mobilidade-Fotos:Adenir Britto/PMSJC 27/05
Participaram cerca de 60 Guardas Civis Municipais e 10 Agentes da Mobilidade - Foto: Adenir Britto/PMSJC

Rodrigo Luiz Ribeiro
Secretaria de Saúde

A Prefeitura de São José dos Campos, em apoio à Associação Salva Coração, lançou nesta sexta-feira (27) o projeto Cor+Ação, que tem o objetivo de tornar o município um modelo na prevenção e tratamento das doenças cardiovasculares e paradas cardíacas.

De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), os problemas cardiovasculares são as principais causas de morte no mundo. Na prática, servidores públicos, funcionários da iniciativa privada e de outros segmentos da sociedade serão treinados para atender uma parada cardíaca e utilizar o DEA (desfibrilador externo automático) em casos de urgência.

Ao todo, 60 GCMs (guardas-civis municipais) em formação e 10 agentes da mobilidade participaram deste primeiro dia de treinamento. Neste início de projeto, a Prefeitura vai adquirir 38 DEAs, que ficarão dentro das viaturas desses profissionais. No futuro, vários pontos da cidade contarão com o equipamento.

“Achei excelente, ficamos empolgados. A maneira como foi passado para nós pelos médicos, que se mostraram super engajados. É uma técnica com cinco passos - para a massagem cardíaca - mas é algo simples e possível, temos que divulgar que há como fazer, a maneira correta e que qualquer pessoa pode fazer. Foi ótimo termos a oportunidade de poder aprender, estamos próximos da população, então é importante sabermos como agir”, comenta a GCM Lorena Guimarães, de 28 anos.

De acordo com o médico Pedro Duccini, a chance de sobreviver em uma parada cardíaca se reduz em 10% por minuto. Somente com a massagem cardíaca feita com as mãos, é possível salvar uma a cada quatro vítimas. Com o DEA, as chances aumentam para uma a cada duas vítimas.

"Em uma situação de parada cardíaca, infarto ou AVC, o tempo é fundamental", diz Duccini. "Cada segundo conta. E quanto mais rápido o atendimento, maiores serão as chances da vítima sobreviver também com a utilização do DEA."

Etapas

O projeto terá basicamente três pilares: conscientização, capacitação e sistema de atendimento. Na primeira, serão realizadas campanhas e ações também em escolas, com a possibilidade de incluir o tema de primeiros socorros nas unidades.

A previsão é que a fase de capacitação tenha três etapas. A primeira com os servidores públicos, forças de segurança, educadores físicos e professores de escolas municipais.

Na segunda, com professores de escolas estaduais, funcionários de shoppings, parques e locais com grande circulação de pessoas, como o Poutatempo. Na terceira etapa, com funcionários de condomínios e clubes privados, comércios, escolas privadas e outros segmentos da sociedade.

A ideia é também capacitar voluntários, como estudantes de medicina e enfermagem, brigadistas, bombeiros, profissionais do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), motociclistas profissionais e motoristas de aplicativos para ajudar no projeto.

O objetivo é criar uma rede de atendimento às urgências relacionadas a problemas cardiovasculares e paradas cardíacas também com a utilização dos DEAs, que estarão disponíveis em diversos pontos do município. A compra dos equipamentos está em andamento. Assim que forem adquiridos, eles serão usados pelos GCMs e agentes da mobilidade.


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