Programa Antipichação agora é da Manutenção da Cidade
Atualizado em 30/04/2021 - 11:04
Programa Antipichação passa a ser de responsabilidade da SMC. Foto: Claudio Vieira/PMSJC 21-04-2021
Desde 2017, quando foi reformulado, o Programa Antipichação pintou 97 mil metros quadrados entre muros e fachadas - Foto: Claudio Vieira/PMSJC

Simone Menocchi
Secretaria de Manutenção da Cidade

O Programa Antipichação, mantido há quase 20 anos pela Prefeitura de São José dos Campos, agora passa a ser de responsabilidade da Secretaria de Manutenção da Cidade. Desde que foi criado, em 2001, o projeto estava sob a responsabilidade da Secretaria de Proteção ao Cidadão.

A mudança vai dar continuidade à trajetória desse importante programa que nesses anos todos tem sido fundamental para manter a cidade livre da poluição visual. E não é preciso andar muito por São José para perceber que muros e fachadas estão sempre limpos, diferente de outras grandes cidades.

A comerciante Eliane Takahashi ficou bem chateada quando encontrou pichados os portões do estacionamento onde trabalha, no centro da cidade. Diante do estrago, não pensou duas vezes. Ligou para o 156 e logo foi atendida pelo Programa. “Foram duas vezes que picharam aqui em um intervalo de dois meses. Da segunda vez, nem precisei ligar. O pessoal da prefeitura viu e logo veio pintar.” Eliane diz que ficou muito satisfeita com a rapidez do Programa Antipichação e não poupou elogios. “Funciona.”

A opinião dela é a mesma da do motorista Sílvio Renato de Lima, de 62 anos, morador do Morumbi, na Região Sul. A fachada da casa dele estava novinha quando foi alvo de vandalismo. Ele também ligou para o 156 e agora faz questão de mostrar, todo satisfeito, como ficou o trabalho do pessoal do Antipichação. “Eu achei que fossem pintar de branco, e puseram a tinta amarela, quase do mesmo tom da parede. Ficou muito bom. Gostei do capricho e da rapidez”, diz apontando para a parede.

A Eliane, o Sílvio e outros 21 moradores ligaram neste ano na Central 156 para que muros e portões fossem restaurados. Todos os anos, o número de pedidos ao 156 para pintura de pichações não passa de cem. E esse baixo volume de pedidos tem uma explicação: os olhos de lince dos funcionários do programa. Nada foge do olhar deles, que andam pelas ruas de antena ligada, vasculhando os lugares pichados para apagar.

No ano passado, pintaram e restauraram 2.399 locais. Um total de 39.664 metros quadrados de muros e fachadas. É como se os 12 funcionários do projeto pintassem cinco campos de futebol. Haja tinta e disposição!

Quando a Kombi do projeto estaciona, os funcionários já descem equipados com rolos, pincéis, baldes e bisnagas. Medem as cores do local pichado e começam a pintura. O João Batista Nunes de Souza, de 62 anos, integra a equipe com mais oito bolsistas do Pró-Trabalho e revela que o programa tem sido de muito aprendizado. “Antes eu não sabia pintar, era segurança. Agora aprendi muito com as instruções do monitor”. João se refere ao servidor Doracil da Silva, de 65 anos, coordenador das equipes. “A ideia é que eles saiam com uma nova qualificação, com novas possibilidades”. Além de ensinar a profissão de pintor, também é transmitido ao grupo que o serviço seja feito com qualidade. “Procuramos fazer tudo certo, aproximando a melhor cor da parede, no capricho”.

O programa é respaldado pela lei municipal 9.045, que autoriza o município a fazer o trabalho, seja em imóveis particulares ou públicos, sempre que houver pichação descaracterizando a pintura original.

De olho nos pichadores

A atitude de restaurar rapidamente os locais que foram alvo de vandalismo e nunca deixar que as pichações prevaleçam se baseia na Teoria das Janelas Quebradas. Essa teoria nasceu nos Estados Unidos e basicamente diz que desordem pode gerar ainda mais desordem. Por isso, prega tolerância zero para qualquer ato de vandalismo. Se picharem novamente, vamos lá, e pintamos de novo.

No combate aos pichadores, ninguém melhor que as câmeras do novo CSI (Centro de Segurança e Inteligência) para ficarem de olho nos infratores. O novo sistema ajuda no combate feito também pela Guarda Civil Municipal e pelo Departamento de Fiscalização e Posturas da Secretaria de Proteção ao Cidadão.

A pessoa que for flagrada pichando, além de pagar multa de R$1 mi, ainda pode responder por crime ambiental que prevê detenção de 3 meses a 1 ano. Se o imóvel danificado for um patrimônio público tombado, o valor dobra, e passa para R$2 mil.

Em setembro o Programa Antipichação vai completar 20 anos. E como todo jovem, vai seguir em frente com disposição e garra no combate ao vandalismo.

 

 


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