Previsão de um bom tempo garante programação do Museu Vivo
Atualizado em 27/09/2019 - 19:25
Fundação Cultural Cassiano Ricardo
Fátima é filha da Dona Lili e também é figureira. Aprendeu com a mãe a sabedoria de fazer figuras de barro - Foto: Divulgação - Foto: PMSJC

Avelino Israel
Fundação Cultural Cassiano Ricardo

A previsão de um bom tempo neste domingo (29) é garantia de realização de mais uma edição do programa Museu Vivo, do Museu do Folclore de São José dos Campos. No último domingo (22), o mau tempo provocou o cancelamento da atividade. O encontro é aberto ao público e acontece aos domingos à tarde, das 14h às 17h, reunindo representantes da cultura popular regional nas áreas de artesanato, culinária e música.

Além de Maria Nanci Silva (culinária) e da dupla Neno do Brasil (nome artístico de Valdir Evaristo da Silva) e Paulo Bernardes (música), que já estavam confirmados para semana passada, a programação deste domingo também contará com a presença da figureira Fátima Aparecida Santos, 58 anos (artesanato). Ela é filha de Maria Benedita dos Santos, a Dona Lili, também figureira, falecida em 2015.

Fátima conta que seu pai, conhecido como Zé da Light, retirava barro no Rio Pararangaba nos seus dias de folga, para ele e sua mãe fazerem figuras. “Eu cresci vendo os dois fazendo aquele trabalho e fui aprendendo aos poucos. Depois, já adulta, acompanhava minha mãe em suas andanças por escolas, Museu do Folclore, Fundação Cultural Cassiano Ricardo e outras instituições”, ressalta.

Para Fátima, o fazer figuras tem um conteúdo sagrado, pois quando está modelando é como se estivesse falando com seus ancestrais, sua bisavó, seu pai, sua mãe. “Estou dando continuidade a um fazer antigo, preservando as memórias da família. É uma oração e homenagem aos antepassados. Fazê-los presentes em meu coração”, destaca.

Bolinho de chuva

A mineira Maria Nanci Silva, de 76 anos, nascida em Conceição das Pedras e há quase 20 anos morando em São José, compartilhará uma receita de bolinho de chuva, que aprendeu a fazer com sua mãe. Foi com ela que também aprendeu a fazer bolo de fubá, de farinha de milho e outras receitas.

Quando seu pai era festeiro na igreja que frequentavam, Maria Nanci também fazia doces para as festas de São João e São Pedro; e ainda ajudava a tia na cozinha. Nanci trabalhou dez anos como merendeira de escola, período que resgatou seus saberes da culinária caipira, fazendo muitos bolinhos de chuva, doces e salgados.

Música

A dupla Neno Brasil (Valdir Evaristo da Silva) e Paulo Bernardes compartilharão seus saberes musicais com um repertório formado por vários ritmos. “Como cantamos vários estilos, sempre gostamos de atender os pedidos que aparecem durante a apresentação”, explica Paulo.

Valdir nasceu em Presidente Alves (SP) e quando criança brincava de ser cantor. Hoje é apaixonado por música sertaneja. Paulo Bernardes é nascido em Guaratinguetá, no Vale do Paraíba, e desde pequeno gostou de música sertaneja, mas só foi aprender a tocar violão para valer depois de adulto. Eles moram em São José dos Campos há um bom tempo.

Gestão

O Museu do Folclore foi criado pela Fundação Cultural Cassiano Ricardo em 1987 e sua gestão é feita pelo Centro de Estudos da Cultura Popular (CECP). Além do Museu Vivo, o museu também realiza outros projetos e programas voltados à cultura popular durante o ano. No domingo, a exposição de longa duração também estará aberta no mesmo horário da atividade.

Museu do Folclore de SJC
Av. Olivo Gomes, 100 – Parque da Cidade – Santana
(12) 3924-7318 – www.museudofolclore.org  


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