Nei José Sant'Anna
Secretaria de Saúde
A despedida da pequena Yasmin Vitória dos Santos, de 5 anos, do Hospital Municipal de São José dos Campos, foi marcada pela emoção. Desde os 8 meses, Yasmin mora na unidade hospitalar devido a uma grave doença pulmonar, chamada bronquiolite obliterante, mas nesta quarta-feira (16) pela manhã, ela finalmente pôde ir para casa.
O pai, o ajudante geral João Alexandre Orlando, e a mãe, a dona de casa Diana Pereira dos Santos, não escondiam a emoção de ver, finalmente, o sonho realizado.
“A felicidade é grande, agora vou conseguir mostrar o mundo para ela, levá-la no parquinho e à praia, que ela só conhece pela televisão”, disse Orlando.
“Ter minha filha em casa é a realização de um sonho, mesmo sabendo que ela ainda depende dos aparelhos para respirar. Mas o importante é que ela agora poderá viver como qualquer outra criança, brincar, estudar e ter convívio da família”, disse Diana.
Para a equipe multidisciplinar do hospital, a alta de Yasmin representa uma vitória. “Estamos muito felizes que a Yasmin tenha conseguido evoluir a ponto de poder ir para casa. Ela contraiu uma doença grave, que requer ainda muitos cuidados, mas a saída dela do hospital, para que possa ter uma vida em ambientes externos, sempre foi nossa meta”, disse a pediatra Kátia Aparecida Lima.
Retaguarda da Prefeitura
Em casa, Yasmin continuará tendo a retaguarda do hospital. Semanalmente, uma equipe do PAD (Programa de Atendimento Domiciliar) visitará a menina para verificar suas condições de saúde. Mensalmente, passará por consulta com pediatra do HM. E para eventuais intercorrências, terá o suporte da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Campo dos Alemães, que fica próximo de sua casa.
“É uma situação que demanda cuidado, mas a família foi devidamente treinada para cuidar dela em casa”, disse a enfermeira Gabriela Mari, lembrando que todos os equipamentos, insumos e medicamentos são disponibilizados gratuitamente pela Prefeitura, por meio da parceria com a SPDM, que administra o Hospital Municipal.
“A ansiedade é grande, tenho um pouco de medo de toda essa situação nova, mas vou dar o melhor de mim para que a Yasmin se adapte o mais rápido possível à rotina da casa”, disse Diana, que é mãe de outras quatro crianças, a menor com 3 meses.
Novo lar
Após se despedir dos funcionários do hospital, Yasmin seguiu de ambulância para a sua nova casa, do Conjunto Residencial João Paulo II, região sul da cidade, acompanhada do pai, de uma médica, uma enfermeira e uma fisioterapeuta. Lá, foi recebida pela mãe, avó, uma irmã e uma amiguinha.
O primeiro contato com o novo lar despertou curiosidade. Depois de percorrer os cômodos da casa, ficou sabendo que vai dormir em uma cama ao lado da mãe. Na residência, a administração do hospital já tinha providenciado a instalação dos equipamentos necessários para manutenção de sua saúde.
Durante o dia, ela vai utilizar um equipamento móvel, chamado torpedo de oxigênio, que permite que ela se locomova mais facilmente. À noite, para dormir, ela será ligada a um ventilador mecânico. Também foi disponibilizado um cilindro de oxigênio extra para situações de emergência, caso acabe a eletricidade da casa. “Isso tudo é necessário para que não haja nenhuma intercorrência”, explicou Gabriela.
Antes de ir embora, a equipe do hospital reforçou as orientações sobre os medicamentos, aspiração, troca de equipamentos e higiene pessoal.
“A Yasmin é uma criança de personalidade forte. Essa insistência de querer melhorar ajudou na sua evolução. A alegria dela no corredor vai nos fazer falta, mas ela sempre fará parte da família do Hospital Municipal. O importante é que tenha condições de evoluir ainda mais e ter uma vida praticamente normal como qualquer outra criança”, concluiu a médica.
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