Escolas municipais se preparam para Feira de Ciências e Matemática
Atualizado em 28/06/2018 - 18:01
Preparação Feira de Ciências e Matemática  07 06 2018
Alunos e professores da rede municipal de ensino preparam projetos para a Feira de Ciências e Matemática - Foto: Charles de Moura/PMSJC

Paula Pessoa
Secretaria de Educação e Cidadania

A partir da próxima terça-feira (12) acontece a Feira de Ciências e Matemática da rede municipal de ensino de São José dos Campos para estimular o gosto pelas disciplinas entre os alunos. O evento conta com exposição de projetos desenvolvidos por alunos e professores de Ciências e Matemática, além de palestras e atrações especiais. A Feira acontecerá até o dia 15 de junho, no Centro de Formação do Educador (Cefe), que fica em Santana, região norte.

Cerca de 20 escolas municipais participarão com a exposição de trabalhos com o objetivo de fomentar a curiosidade e desenvolver o pensamento científico, crítico e criativo; divulgar e valorizar experiências de ensino e aprendizagem em Ciências e Matemática; proporcionar o intercâmbio entre as escolas, seus alunos e professores e estimular novos talentos.

Alunos e professores de São José estão na fase final dos preparativos e ensaios para as apresentações programadas para a feira. O preparo teve início nas salas de aula, com abordagem e estudo de assuntos diversos, as reações químicas e físicas, fórmulas matemáticas, geometria e os cuidados com o lixo são alguns exemplos. Em seguida, foi realizada a parte prática com a confecção dos projetos, formados por experimentos, maquetes, jogos e outros.

Experimentos científicos

Entre os projetos preparados para a Feira de Ciência e Matemática está a simulação de cometas em miniaturas dos alunos e professores da Emef Maria Nazareth de Moura Veronese, do Jardim da Granja (região sudeste). O experimento ensina conceitos da astronomia usando materiais como gelo seco, amido de milho, terra e água e despertou a curiosidade dos adolescentes.

“Aprendi a fazer o cometa de gelo seco e também a diferença entre meteoros e cometas. Gosto de Ciências, o projeto é bom porque nos envolvemos mais com a escola e os colegas, e podemos ensinar para outras pessoas. Estou animada e ansiosa para a feira”, disse Maria Luísa Ribeiro Soares, de 12 anos, aluna do 7º ano.

Para os professores envolvidos na produção do projeto, a experiência é marcante e dá oportunidade para desenvolverem talentos e aproximar a ciência dos cientistas da rotina dos estudantes.

“Como a feira é de Ciências e Matemática pensamos em algo para trabalhar juntos e chegamos neste consenso com o projeto dos cometas. Acho que essa é uma oportunidade única, eles se interessam muito e podem ver na prática, podem colocar a mão, ter contato com o gelo seco, que para eles é novidade.Tenho as melhores expectativas para os meus alunos”, afirmou a professora de Ciências, Suzana Neves.

O colega de Suzana, professor de Matemática, Milton Vinícius Diogo de Sousa, concordou e ressaltou que o momento 'é uma forma de trabalhar a divulgação científica com os alunos'. "Me sinto realizado quando vejo os alunos com a paixão que eu tinha para aprender e estudar, colocando a mão na massa, eles adoraram sair um pouco da rotina”, disse.

Ciências, Matemática e vivência de valores

A Emef Profª Silvana Maria Ribeiro de Almeida, que fica na região leste, no Jardim Cerejeiras, será representada na feira com dois projetos. Os alunos do 9º ano usaram seus talentos e muita cor para desenvolver criar histórias em quadrinhos com conteúdo matemático.

“Eles aprenderam sobre quadrados perfeitos e raiz quadrada através do preenchimento das histórias em quadrinhos. A turma foi se envolvendo naturalmente com a proposta, construíram juntos desde a criação das histórias, com as explicações e fórmulas, até os desenhos. Eles viram que podem ter mais confiança e se soltaram para aprender Matemática. O próximo passo agora é aprofundar no estudo”, disse animada a professora Maíra Matos, que desenvolve o projeto há cerca de três meses com os alunos.

Em grupo, as alunas Kauany Ribeiro, Mariana Veloso, Larissa Alvarenga, Thaina Pereira e Amabile Yasmin, todas com 14 anos, conversam sobre os aprendizados adquiridos com a experiência. As meninas estão confiantes e ansiosas pela chance de compartilharem o que aprenderam na feira na próxima semana. Em comum, elas têm a certeza de que a Matemática não é tão difícil quanto pode parecer e que o projeto “ajudou a desenvolver e aprender mais convivendo e ouvindo uns aos outros”.

“Eu fiquei responsável pelos desenhos e gostei muito, aprendemos ao mesmo tempo em que nos divertimos. O desenho é uma forma da gente se expressar, então, me senti muito bem fazendo este trabalho”, disse Amabile Yasmin.

Já na área de Ciências, o grupo coordenado pela professora Thaís Campos, é responsável por um aquário, objeto de estudo escolhido para análise química e biológica do ambiente aquático e dos peixes.

“A ideia era que os alunos tivessem um projeto começando agora para a feira, mas dando continuidade, levando até o final do ano. E que fosse um projeto de investigação para que, a partir dele, podermos criar uma experiência científica. Eles conseguem ver como um ser vivo precisa de um ambiente equilibrado para sobreviver, conseguem trabalhar em grupo, coletar e interpretar dados, tudo isto faz parte do saber científico”, explicou Thaís.

“Produzir o projeto foi divertido e aprendemos coisas novas sobre os peixes, mas também convivemos em grupo, ficamos unidos pelo projeto. As pessoas poderão aprender um pouco sobre a vida dos peixes e ver que podemos trabalhar em grupo numa boa, sem conflitos”, destacou Matheus Mastrochirico Barros, de 14 anos.

“Estou muito entusiasmada com a apresentação no evento, espero que as pessoas gostem de ver nosso aquário e aprendam com nosso grupo”, é o que deseja a Giovanna Lima dos Santos, de 13 anos.


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