Alunos da Emef Elizabete Honorato criam jornal digital
Atualizado em 10/07/2018 - 09:44
jornal versão digital da Emef Profª Elizabete de Paula, no Jd Mariana
A tecnologia foi a ferramenta utilizada para ampliar a fronteira e tornar o trabalho dos jovens jornalistas do Bete News mais acessível - Foto: Claudio Vieira/PMSJC

Paula Pessoa
Secretaria de Educação e Cidadania

A Sala de Leitura transformada em redação de jornal. É neste ambiente que os alunos e professores da Emef Profª Elizabete de Paula Honorato, no Jardim Mariana I (região leste), produziram a 13ª edição do informativo da escola, o "Bete News", que desta vez traz uma novidade. Além de impresso, o jornal terá versão digital disponível online com leitura através do QR code.

A tecnologia foi a ferramenta utilizada para ampliar a fronteira e tornar o trabalho dos jovens jornalistas do Bete News mais acessível. Cerca de 15 alunos, do 5º ao 9º ano, participam desta edição com orientação dos professores e apoio da coordenação da escola.

O periódico pode ser acessado pela internet, via armazenamentos no Google Drive, pelo código inserido na última página de cada edição. Os leitores poderão acessar todas as edições anteriores do jornal da escola, que circula desde 2011, em dispositivos como smartfones, tablets, notebook, entre outros.

“Durante uma reunião em que discutíamos sobre disponibilizar o jornal em uma rede social surgiu a ideia de usar o QR code. Pesquisei a respeito, compartilhei ideias com alunos, fizemos testes e agora lançamos. Buscamos metodologias que tenham sentido para os alunos e percebi que o ensino foi significativo para eles. Me impressionou a reação deles ao saber da publicação digital, é uma forma de valorizarmos o trabalho dos alunos que, estimulados, produzem e se desenvolvem mais”, explicou o professor de Português, Giorgi Rodrigues.

“Nesta experiência o que mais me marcou foi o trabalho em equipe, todos juntos escrevendo e se ajudando, é maravilhoso ver o resultado pronto. Agora, com a novidade, todo mundo poderá ter acesso, vai facilitar muito”, comentou Lucas Eduardo Rocha Peres, de 13 anos, aluno do 8º ano.

Personagens reais

A participação no projeto extracurricular é voluntária e envolve professores de disciplinas como língua portuguesa, ciências e matemática, que ampliam o aprendizado além do pedagógico. Valores como trabalho em equipe, comprometimento, disciplina e a troca de experiências são alguns dos benefícios aos estudantes na produção do jornal. A valorização das histórias das pessoas que formam a comunidade escolar é outro ponto importante do Bete News.

“Numa atividade em sala de aula escrevi a crônica, o professor gostou e me orientou. No início meu texto era tenso e triste, então fui transformando para algo mais leve e bonito e gostei. Fiquei muito feliz ao saber que minha crônica estaria no jornal da escola, é uma maneira de mostrar minha escrita e saber que mais pessoas poderão ler e gostar do que escrevi”, contou Larissa Doroteo, de 13 anos, aluna do 8º ano apaixonada por escrever crônicas e ler suspenses e poemas.

“Achei essa edição muito boa, o que mais gostei foi da entrevista com a professora Luzia. Estava com saudade dela, é muito querida aqui na escola”, destacou a aluna.

Luzia Barnett foi professora na Emef Profª Elizabete de Paula por 10 anos e, recentemente, se aposentou, com mais de 25 anos de carreira. A educadora, que era responsável pela Sala de Leitura da escola foi a entrevistada desta edição do jornal escolar e compartilhou experiências dos anos em volta dos livros.

“Fiquei muito feliz com a entrevista e recebi como um reconhecimento. Foi uma surpresa feliz quando vi no jornal. Os alunos se empenham, escrevem, revisam, vão se aperfeiçoando. É muito importante esta experiência, contribuiu para a escrita deles e mostra como são capazes de realizar algo bom e bonito”.

A educadora destacou ainda o quanto o Bete News contribui no envolvimento dos alunos com a escola e a comunidade, pois observam mais os fatos e acontecimentos para contar no jornal, além de desenvolverem pensamento crítico ao trabalhar com informação e opinião.

“Guardo muito carinho da escola. Muitos destes meninos, até o ano passado, me chamavam carinhosamente de vó honorária, a ponto de passarem na sala para me pedir a benção. Fico feliz ao vê-los crescendo e se desenvolvendo juntos, tudo com generosidade e colaboração”, disse entre sorrisos.


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