Paula Pessoa
Secretaria de Educação e Cidadania
Alunos e professores da Jornada Ampliada da Emef Profº Rosa Tomita, que fica no Jardim São José II, região leste de São José dos Campos, têm trabalhado sobre o respeito às diferenças através de um projeto novo. Cerca de 100 alunos dos anos finais da Efeti (Escola de Formação em Tempo Integral) participam do "Projeto Sentindo na Pele" desde março. As atividades na escola são semanais e acontecem até junho.
A ideia do projeto surgiu do grupo de professores que, com apoio da equipe pedagógica, buscou uma abordagem nova para trabalhar a conscientização sobre o respeito às diferenças. Os alunos tiveram aulas teóricas sobre alguns tipos de deficiências, aprenderam braile e libras (língua brasileira de sinais) e, por meio de atividades lúdicas, praticam tudo que foi ensinado pelos educadores.
As atividades desenvolvidas na escola envolvem exercícios para treinar o raciocínio lógico, leitura em braile, apresentações artísticas em libras, dinâmicas e jogos de futebol com venda e bola com guizo, utilizado por deficientes visuais.
“Meu objetivo, com a Matemática, foi focar nas quatro operações e em exercícios de raciocínio lógico com a inclusão de libras e braile, eles aprendem bem e entendem a importância disto. Na sala de aula a gente faz a parte teórica e trabalha toda conscientização pelo diferente e, aqui fora, fazemos os desafios matemáticos, a parte prática com todo mundo junto”, explicou a professora de Acompanhamento Pedagógico de Matemática, Simone Cristine Gomes Nunes.
As lições transmitidas aos estudantes saem do papel e ultrapassam a escola, pois contribuem na vivência diária dos alunos. “Após estudarmos braile, os alunos voltaram para a sala comentando sobre os símbolos em braile que perceberam no dia a dia, em produtos da casa, no ônibus e outros locais. É muito legal ver o envolvimento deles e o debate que temos, que gera conscientização”, completou Simone.
“Estamos trabalhando todos os tipos de inclusão, nossa maior intenção aqui é a sensibilização, que eles saibam se colocar no lugar do outro e eles já estão mais atentos e observadores aos sinais que antes passavam despercebidos”, é o que afirmou a professora Carla Maria Oliveira que, entre outras atividades, ensinou os alunos a recitarem o poema “A Borboleta”, de Vinícius de Moraes, em libras.
Em grupo, os alunos conversam sobre o que mais gostam de aprender e contam as experiências que consideram importantes desde que começaram o projeto. “Eu acho muito legal porque, como os professores nos disseram, quando eu falo em sinais, eu me torno bilíngue. E é importante a gente incluir todas as pessoas”, disse Yago Cauã de Oliveira, de 12 anos, aluno do 7º ano.
“Acho importante se colocar no lugar das pessoas com deficiência. Gostei porque aprendemos a como guiar as pessoas quando precisarem de ajuda e a nos comunicar em libras”, contou a aluna de 11 anos, Sulamita Wlanacha, do 6º ano.
“As crianças aprenderam como as pessoas com deficiência auditiva ou visual eram tratadas na História, o que mudou e o que ainda precisamos alcançar de melhorias. Foi muito importante, pois aprenderam a se colocar no lugar do outro e como interagir com as pessoas que têm necessidades diferentes das nossas, essa é a lição mais importante”, afirmou a professora Raquel Lanziloti.
Efeti
Atualmente, 11 escolas de ensino fundamental de São José dos Campos oferecem a Jornada Ampliada para cerca de 2.400 alunos, de 6 a 14 anos, em todas as regiões da cidade. Os alunos também participam de aulas de Acompanhamento Pedagógico de Matemática, Acompanhamento Pedagógico de Português, arte, cultura, esporte e lazer. A Emef Rosa Tomita conta com cerca de 300 alunos participantes no total.
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