Paula Pessoa
Secretaria de Educação e Cidadania
Na busca pela inclusão escolar dos alunos da rede municipal de ensino, a Prefeitura de São José dos Campos, por meio da Secretaria de Educação e Cidadania, oferece o atendimento educacional especializado (AEE) a alunos com deficiência ou Transtorno Global de Desenvolvimento. O serviço identifica, elabora e organiza recursos pedagógicos e de acessibilidade que facilitam a participação dos alunos na rotina escolar.
“A inclusão é algo importante para todos, tanto para a própria criança com deficiência quanto para as outras crianças que vão conviver, para a família, para a escola e para a sociedade em geral” - a afirmação de Mônica Teresa de Lima, mãe do Felipe Lima Pereira, de 13 anos, aluno da Emef Profª Ilga Pusplatais, no Jardim Ismênia (região leste), expressa além do afeto de mãe, o desejo de inclusão e igualdade.
Felipe tem encefalopatia crônica não progressiva, doença mais conhecida como paralisia cerebral, e junto com mais cerca de 760 estudantes faz parte dos alunos com deficiência e/ou Transtorno Global de Desenvolvimento atendidos pela rede municipal de ensino.
A acolhida na escola, desde o início, quando Felipe era aluno do Infantil, fez toda diferença no desenvolvimento do garoto, segundo a família.
“Desde que o Felipe entrou na rede, já na Educação Infantil, eu não tive problema com ele, a escola sempre estava aberta. Ele foi o primeiro com paralisia cerebral e cadeirante da turma, tudo que ele precisou nessa adaptação ele teve, a escola se empenhou e eu sempre estive presente. Ele fez tudo que as outras crianças fizeram no período dele da Educação Infantil e segue assim até hoje, no Fundamental”, disse Mônica.
E a boa adaptação do aluno na escola foi tanta que o tornou apaixonado pelo ambiente escolar. “Hoje, aqui na Emef Ilga Pusplatais eu vejo o quanto ele se desenvolve, tem momentos com a turma em sala e no intervalo, o aprendizado é enorme, muito bom. Como mãe, no começo eu tinha receio de como seria sua adaptação, mas ele se deu bem e hoje pede para vir de manhã e de tarde, se deixar ele quer ficar o dia inteiro na escola", afirmou a mãe (aos risos).
Parceria
Os professores do AEE são especialistas em Educação Especial e utilizam o espaço das Salas de Recursos em 56 escolas (da Educação Infantil e do Ensino Fundamental). As Salas de Recursos oferecem ambientes com materiais específicos que podem atender às necessidades dos alunos e outros tantos que são construídos para favorecer habilidades específicas.
Todo trabalho realizado é feito em equipe e envolve a escola, os educadores, os profissionais da Saúde que atendem os alunos e também a família. É essa parceria que faz a diferença e permite melhores resultados também para o Matheus Pupio, de 15 anos, aluno do 7º ano da Emef Profª Áurea Cantinho Rodrigues, na região central.
“O Matheus já passou por várias escolas, particular, especial e viemos para a rede pública. Eu me lembro do primeiro dia aqui, o acolhimento da escola Áurea Cantinho foi excelente. No dia em que ele chegou, a diretora e o orientador educacional da época estavam esperando, mostraram a escola, ele estava super ansioso, estava até trêmulo. Ele tem a síndrome de Down, mas também passa por processos emocionais iguais a todo mundo e foi muito bem acolhido por todos", recorda com carinho Silvia Pupio, mãe do Matheus.
"Eu gosto muito de vir para escola e gosto muito dos meus amigos. No começo fazia bagunça, corria para grama e saía da sala, mas agora 'tô tranquilo'", disse Matheus, que é fã de História e Geografia.
“Do meu ponto de vista, a inclusão começa em casa. Começa com a família para depois chegar na escola até chegar à sociedade como um todo. A escola é deve ser sempre uma parceira importante. O Matheus aprende muito aqui e os colegas deles também podem aprender com ele e com as diferenças, esta é uma troca mútua e positiva", completou Silvia.
Inclusão
Segundo técnicos da Secretaria de Educação e Cidadania, responsáveis pela Educação Especial, a política de ensino municipal é na perspectiva de educação inclusiva. As escolas municipais procuram, em suas estruturas pedagógica e física, reorganizar e adaptar o currículo e realizar adequações necessárias com o intuito de eliminar barreiras de acesso aos conteúdos e ambientes atendendo aos alunos, respeitando suas necessidades e aproveitando ao máximo suas habilidades para o aprender.
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