Cláudio Ribeiro
Secretaria de Saúde

Comparado a uma unidade militar, a ala de covid-19 do Hospital Municipal é uma espécie de pelotão avançado na rede pública de saúde de São José dos Campos. Virando 24 horas ininterruptamente, dezenas de pessoas cuidam com dedicação dos adoecidos infectados pelo novo coronavírus.

É uma luta cotidiana que tem o reforço dos trabalhadores de apoio. Começando pelos controladores de acesso no portão de entrada, que organizam a fila das pessoas que chegam com síndrome gripal e estão ali para garantir a segurança de todos.

Dentro da tenda de triagem, entram em ação as recepcionistas. Elas fazem o acolhimento dos pacientes e os encaminham à enfermagem para os primeiros procedimentos. Outros funcionários administrativos dão o suporte necessário durante outras fases, como consulta, exames e internação.

Quem fica internado conta com toda a assistência necessária. Uma equipe fundamental no enfrentamento da doença é a hotelaria, responsável pela limpeza, higiene, lavanderia, rouparia, telefonia e jardinagem do hospital. Na ala covid, a equipe de auxiliares de governança, 99% formado por mulheres, executa diversos serviços tanto na enfermaria e unidade de terapia intensiva (UTI) como nas salas de paramentação e convivência.

Rosineia Cristina | Foto: Claudio Vieira/PMSJC

Ambientes limpos e organizados, roupa de cama trocada, alimentação dos pacientes na hora certa, auxílio aos profissionais de saúde para colocar os equipamentos de proteção. Todas essas tarefas são exercidas com motivação e alegria por esse time entusiasmado.

Entre as profissionais dessa turma está Rosineia Cristina da Silva, que destaca o papel muito importante da hotelaria. “É onde a gente consegue ajudar os médicos, os técnicos de enfermagem, mantendo toda a ala limpa e higienizada, para que não ocorra nenhum problema em qualquer procedimento.”

Alecione Conceição | Foto: Claudio Vieira/PMSJC

A colega Alecione Conceição da Costa diz que é preciso se colocar no lugar do outro para compreender a angústia de quem está no leito hospitalar. “É muito gratificante ver cada paciente recebendo alta, indo embora, com sua família. A gente só tem mesmo que agradecer a cada um de vocês que comentam, que falam bem a respeito disso. Porque a gente faz o que pode, a gente se esforça o máximo.”

Para Alecione, medo é uma palavra superada. “A gente não hesitou em nenhum momento quando foi chamada para a linha de frente porque é um trabalho que pode ajudar o próximo. É muito gratificante poder fazer algo pelas pessoas que estão num momento muito difícil. O que a gente pode fazer a gente faz com muito orgulho.”

Andrea Aparecida | Foto: Claudio Vieira/PMSJC

Encarregada de levar a alimentação na ala, a copeira Andrea Aparecida sabe que tem a missão de auxiliar aqueles que estão no leito a restaurar as forças e vencer a enfermidade. “O meu trabalho é trazer as refeições para os pacientes, para que eles estejam se alimentando bem e voltem logo para casa, junto dos familiares.

Rogéria Bispo encara o desafio como algo totalmente diferente da rotina. “Eu sirvo os pacientes. Eles estão num momento frágil. Então é onde temos de usar um pouco do nosso psicológico com eles, agradá-los. Eu me sinto bem fazendo isso. Para mim, é gratificante. Não estou sentindo medo ou coisa parecida por estar lá dentro da ala covid.”

Uma mensagem em cartazes afixados por vários espaços ressalta a importância dos funcionários de todas as áreas do Hospital Municipal, que é mantido pela Prefeitura e gerenciado pela SPDM (Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina). “Quando se trabalha com uma verdadeira equipe, não há obstáculo que não seja superado nem sucesso que não seja alcançado”.

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