São José reduz em 17% os casos de dengue na época mais crítica
Atualizado em 04/06/2020 - 15:31
8ª Operação Casa Limpa de combate à dengue no bairro Vila Nair. Foto: Claudio Vieira/PMSJC. 12-02-2020
A Operação Casa Limpa foi uma das medidas que ajudaram na diminuição do índice - Foto: Claudio Vieira/PMSJC

Cláudio Ribeiro
Secretaria de Saúde

De 1º de janeiro a 31 de maio, São José dos Campos registrou queda de 17,7% no número de pessoas infectadas com dengue em relação ao mesmo período do ano anterior. Nos 5 primeiros meses de 2020 houve 333 casos, sem nenhuma morte, ante 405 com um óbito em 2019.

Mais populosa do Vale do Paraíba, São José teve menos casos do que outras cidades da região que têm menor número de habitantes. Algumas delas ultrapassaram os 4 dígitos no total de casos e chegaram a estar em situação de epidemia, tendo até registro de óbitos.

Contribuíram para o resultado positivo joseense as diversas ações adotadas pela Prefeitura por meio do plano de combate às arboviroses, lançado em agosto do ano passado. As medidas principais foram as operações Casa Limpa para recolhimento de inservíveis, a criação das brigadas institucionais, o envio de mensagens por celular (SMS), a divulgação de campanha educativa na mídia, as nebulizações em áreas de transmissão da doença e a contratação de mais agentes de combate a endemias.

Com o objetivo de eliminar os criadouros do Aedes aegypti, que é o transmissor da dengue, houve um intenso esforço nas ações de combate da 13ª à 21ª semana do ano, entre o período pós-Carnaval e fins de maio. Essa é considerada a época de maior risco de epidemia.

Todos contra o mosquito

Atualmente 153 agentes realizam diversas tarefas no combate às doenças causadas pelos arbovírus, como dengue, zika, chikungunya e febre amarela. A execução das ações de controle visa reduzir a infestação de vetores, como forma de minimizar o risco de ocorrências das arboviroses.

Entre as atividades, estão as vistorias em imóveis que apresentam condições que favorecem a proliferação do mosquito da dengue ou facilitam a disseminação da doença. Os moradores e proprietários recebem orientações sobre os cuidados para evitar a existência de criadouros do inseto.

Quando há a confirmação da circulação viral em uma área, a equipe vistoria todos os imóveis do entorno, com eliminação dos possíveis criadouros, aplicação de larvicida (quando necessário), identificação das pessoas que apresentem sintomas da dengue e orientação sobre o procedimento de nebulização. Conforme a situação, pode ser indicada a aplicação de inseticida para eliminar as fêmeas do inseto no local.

Desde outubro do ano passado, a Prefeitura promoveu 12 operações Casa Limpa, resultando na eliminação de 28.215 quilos de inservíveis, que só foram suspensas devido à pandemia causada pelo novo coronavírus. Durante a ação, são recolhidos materiais que possam acumular água e servir de criadouros.


Os mutirões recolheram 28,2 toneladas de materiais | Foto: Charles de Moura/PMSJC

Trabalho não para na pandemia

Para a cidade ser bem sucedida no combate à dengue e às demais arboviroses, é muito importante a conscientização dos munícipes. Eliminando os recipientes que acumulem água, evita-se a proliferação do mosquito transmissor.

Em meio à pandemia do coronavírus (covid-19), e seguindo um novo protocolo, a equipe de controle de endemias continua com as vistorias domiciliares a fim de evitar sobrecarga aos serviços de saúde devido às arboviroses. Todos os cuidados determinados pelos órgãos oficiais estão sendo tomados para garantir a segurança dos profissionais e moradores.

Os agentes passaram a adotar as seguintes medidas: remoção mecânica dos criadouros, distanciamento mínimo entre as pessoas presentes no momento da vistoria, uso de máscara facial protetora, higienização das mãos, visita somente no lado de fora da casa. Não é realizada vistoria no imóvel se o responsável pelo acompanhamento tiver mais de 60 anos.

A equipe prossegue com o controle vetorial nos pontos estratégicos e imóveis especiais. Na análise semanal de dados epidemiológicos, são priorizados os trabalhos nas áreas com intensa circulação dos vírus da dengue, zika e chikungunya.


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