Giselle Marinho
Secretaria de Apoio Social ao Cidadão
“Você não imagina o que é, pra mim, ter o meu canto para morar e poder ter as minhas coisas.”
A frase do ex-morador de abrigo Elizeu Montanari, de 46 anos, resume a conquista de quem viveu por mais de 20 anos em situação de rua, mas hoje tem autonomia para ter uma casa e cuidar da própria vida.
Fininho, como é conhecido, é uma das 764 pessoas que deixaram a condição de rua desde o início da atual administração em 2017. Graças aos investimentos feitos na área, como a reforma de abrigos, capacitação e ampliação das equipes de abordagem e assistência social.
Ele, que deixou o Paraná aos 14 anos para fugir da violência do pai, quase sempre viveu em situação de rua.
Fininho passou pela capital, São Paulo, antes de chegar a São José. Aqui, entrava e saia dos abrigos, quando em 2017 recebeu a ajuda que precisava.
Por meio das entidades parceiras da Prefeitura, que abrigam pessoas em situação de rua, Fininho recebeu tratamento médico e psicológico, aprendeu novos ofícios nas oficinas oferecidas pela unidade, sempre supervisionado pela equipe de assistência social. Para ele, a qualidade desse acompanhamento individual feito pelos profissionais foi fundamental para que ele conseguisse superar as dificuldades “Já sofri muito e desisto fácil das coisas, mas agora não estou mais sozinho”
Hoje, o paranaense recebe o auxílio moradia da Prefeitura e vive num cômodo alugado por ele na Vila Maria e tem muito orgulho dessa conquista “uma transformação na minha vida”, afirma ele.
Antes da rua
Outra história que tomou uma direção diferente há 5 meses foi a do André Luiz Candido, 29 anos. Devido ao desemprego, ele perdeu tudo, não tinha onde morar nem como sobreviver, porém antes que chegasse a viver na rua, André foi acolhido no abrigo. Lá, os profissionais observaram que ele estava em depressão e o encaminharam para tratamento.
Para ele, a atenção e profissionalismo da equipe também fez toda diferença. “O nome assistência já diz tudo, porém não necessariamente as pessoas praticam isso. Mas, a assistência social de São José executa o serviço de verdade.”
Por causa da bipolaridade, André continua em tratamento, mas já ganhou autonomia. Em 2019, começou a receber o BPC (Benefício de Prestação Continuada), que consiste em uma renda de um salário-mínimo para idosos e deficientes que não possam se manter e não possam ser mantidos por suas famílias. Com a renda, ele pode alugar um quarto, que já decorou com capricho.
O próximo passo dado por ele será o restabelecimento de vínculos familiares, viabilizado por meio de um encontro com as irmãs que vivem em Minas Gerais. “Agora já me sinto preparado”, conclui.
O acesso das pessoas em situação de rua a assistência social é feito por meio do serviço de abordagem social, realizado diariamente nas ruas ou pelo Centro Pop.
Números
Das 764 pessoas que deixaram a situação de rua:
202 pessoas foram reinseridas no ambiente familiar
112 pessoas retornaram a cidade de origem com auxílio da Prefeitura
186 pessoas adquiriram autonomia
21 pessoas foram inseridas no programa Pró-Trabalho
66 pessoas foram inseridas no auxílio moradia
25 pessoas foram incluídas no BPC
152 pessoas foram internadas em comunidades terapêuticas
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