Asfalto ecológico dá o toque final na pavimentação da Via Cambuí
Atualizado em 26/01/2022 - 16:22
Obra da Via Cambuí. Aplicação do Asfalto ecológico com pneus reciclados na Via Cambuí. Foto: Claudio Vieira/PMSJC. 27-11-2019
Nesta semana, o consórcio responsável pela obra está executando a última camada de pavimentação nos trechos ao lado da Petrobras e nas proximidades do Recanto dos Eucaliptos - Foto: Claudio Vieira/PMSJC

Cláudio Ribeiro
Secretaria de Gestão Habitacional e Obras

Novidade nas obras viárias de São José dos Campos, o asfalto ecológico começou a ser aplicado na Via Cambuí, que está sendo construída pela Prefeitura para conectar as regiões leste, sudeste e centro.

Nesta semana, o consórcio responsável pela obra está executando a última camada de pavimentação nos trechos ao lado da Petrobras e nas proximidades do Recanto dos Eucaliptos.

Obtido a partir da mistura de cimento asfáltico de petróleo com borracha reciclada de pneus, o material já foi empregado nos 300 metros do prolongamento da rua Saigiro Nakamura até a avenida Juscelino Kubitschek, na Vila Industrial, que faz parte do projeto viário. Substituto do produto convencional, o asfalto emborrachado é baseado no princípio de sustentabilidade, trazendo ganho ambiental para a cidade.

O asfalto-borracha, como está sendo chamado, é desenvolvido por meio da incorporação da borracha moída de pneus inservíveis ao cimento asfáltico. Ele vai ser usado em toda a extensão de 8,6 quilômetros da Via Cambuí, maior obra viária da história do município.

A exigência por este tipo de tecnologia fez parte da licitação das respectivas obras e é autorizada pela Lei Municipal 9.691, de 9 de abril de 2018. No ano passado, o asfalto ecológico foi aplicado na obra da terceira faixa da Avenida Lineu de Moura, realizada por empreendedores como contrapartida viária.

Amigo da natureza

O asfalto ecológico é considerado uma boa alternativa para conciliar o desenvolvimento urbano com a preservação ambiental. É um produto classificado como sustentável por contribuir para a redução da utilização de matérias-primas não renováveis.

No meio ambiente, a decomposição do pneu leva cerca de 600 anos. O descarte incorreto traz consequências graves para a sociedade, servindo como criadouro para o mosquito da dengue, ocasionando o entupimento de galerias e redes de esgoto, inundações e a poluição de rios e do solo. Quando vai para aterros sanitários, ocupa um espaço considerável. Se incinerados, tornam-se agentes de poluição atmosférica.

Em São José dos Campos, a Prefeitura promove o recolhimento de pneus nos pontos de entrega voluntária (PEV) instalados na cidade. Por mês são recebidos aproximadamente 950 unidades, que periodicamente são recolhidos pela Reciclanip, entidade gestora do sistema de logística reversa de pneus inservíveis, retornando ao processo produtivo. Além de asfalto, a matéria-prima é utilizada na produção de solas de sapato e pisos ecológicos.

Fora o apelo ambiental, o asfalto ecológico apresenta vantagens econômicas, como melhor rendimento, já que a maior densidade permite a redução da espessura em relação ao asfalto tradicional. O desempenho do produto tem como diferenciais maior durabilidade, flexibilidade e resistência.


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